Industrialização brasileira
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
ciclo da cana
O cultivo da cana-de-açúcar deu-se pela necessidade imperativa de colonizar e explorar um território até então sem muita importância econômica para Portugal.
Vários foram os motivos para a escolha da cana, entre eles a existência no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar, além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu - destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros, transformando-se no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII.
As primeiras mudas foram trazidas da Ilha da Madeira por Martim Afonso de Souza, responsável pela instalação do primeiro engenho em São Vicente, no ano de 1533. Em seguida, muitos outros se proliferaram pela costa brasileira. O Nordeste, principalmente o litoral pernambucano e baiano, sorveu a maior parte da produção açucareira da colônia.
A maior contribuição dos engenhos, porém, foi estar em um ponto bastante privilegiado, facilitando o escoamento e agilizando a chegada do produto aos mercados consumidores.
Fontes:http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Ciclo do Ouro
O ciclo
do ouro é considerado o período em que a extração e exportação do ouro figurava
como principal atividade econômica na fase colonial do país e teve seu inicio
no final do século XVII, época em que as exportações do açúcar nordestino
decaiam pela concorrência mundial do mercado consumidor. Devemos notar que
entre 1750 e 1770, Portugal arcava dificuldades econômicas internas decorrentes
de má administração e desastres naturais, além do que sofria pressão pela Inglaterra,
a qual, ao se industrializar, buscava consolidar seu mercado consumidor, bem
como sua hegemonia mundial. Assim, a descoberta de grandes quantidades de ouro
no Brasil, tornava-se um motivo de esperanças de enriquecimento e estabilidade
econômica para os portugueses.
Sem
espanto, notamos que os primeiros exploradores a procurarem ouro e metais
valiosos no Brasil, tinham o escopo de levá-los à metrópole, onde seriam
desfrutados. Entretanto, estas incursões pioneiras no litoral e interior do
país não ocasionaram muitos resultados, além do conhecido, que fora a conquista
do território.
Por
conseguinte, as grandes jazidas e ouro foram descobertas em Minas Gerais, Goiás
e Mato Grosso, onde foram divididas em forma de lavras (lotes auríferos para
exploração, a exemplo das sesmarias latifundiárias de monocultura) e, durante
auge deste ciclo, no século XVIII, gerou uma grande fluxo de pessoas e
mercadorias nas regiões citadas, desenvolvendo-as intelectual (chegada de
ideias iluministas trazidas pela elite recém-intelectualizada) e economicamente
(produção alimentar para subsistência e pequenas manufaturas), período em que
se estima que a população brasileira tenha passado de 300 mil para cerca de 3
milhões de pessoas
Com o
advento da exploração aurífera, esta atividade passou a ser a mais lucrativa na
colônia, o que acarretou a transferência da capital colonial de Salvador para o
Rio de Janeiro, de modo a assegurar a fiscalização das regiões de mineração que
se acercavam.
Por fim,
o ciclo do ouro perdurou até o ocaso do século XVIII, quando se esgotaram as
minas, aproximadamente em 1785, em pleno desenrolar da Revolução.
Ciclo da borracha
A utilização da borracha foi
desenvolvida em função das diversas descobertas científicas promovidas durante
o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado na fabricação de
borrachas de apagar, seringas e galochas. Anos mais tarde, os estudos
desenvolvidos pelo cientista Charles Goodyear desenvolveu o processo de
vulcanização através do qual a resistência e a elasticidade da borracha foram
sensivelmente aprimoradas.
A vulcanização possibilitou a ampliação
dos usos da borracha, que logo seria utilizada como matéria-prima na produção
de correias, mangueiras e sapatos. A região amazônica, uma das maiores
produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-se no maior polo de
extração e exportação de látex do mundo. No curto período de três décadas,
entre 1830 e 1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673
toneladas.
A mão de obra utilizada para a extração
do látex nos seringais era feita com a contratação de trabalhadores vindos,
principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas de
extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma goma utilizada na
fabricação de borracha. Não constituindo em uma modalidade de trabalho livre,
esses seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador
contratava os serviços dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de
subsistência.
A sistemática exploração da borracha
possibilitou um rápido desenvolvimento econômico da região amazônica,
representado principalmente pelo desenvolvimento da cidade de Belém. Este
centro urbano representou a riqueza obtida pela exploração da seringa e abrigou
um suntuoso projeto arquitetônico profundamente inspirado nas referências
estéticas europeias. Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas
transformações marcaram a chamada belle époque amazônica.
No início do século XX, a supremacia da
borracha brasileira sofreu forte declínio com a concorrência promovida pelo
látex explorado no continente asiático. A brusca queda do valor de mercado fez
com que muitos aviadores fossem obrigados a vender toda sua produção em valores
muito abaixo do investimento empregado na produção. Entre 1910 e 1920, a crise
da seringa amazônica levou diversos aviadores à falência e endividou os cofres
públicos que estocavam a borracha na tentativa de elevar os preços.
Esse duro golpe sofrido pelos produtores
de borracha da região norte ainda pode ser compreendido em razão da falta de
estímulo do governo imperial. Atrelado ao interesse econômico dos
cafeicultores, o governo monárquico não criou nenhuma espécie de programa de
desenvolvimento e proteção aos produtores de borracha. Em certa ocasião,
atendendo ao pedido de industriais norte-americanos, chegou a proibir que o
governo do Pará criasse taxas alfandegárias protecionistas maiores aos
exportadores estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), as indústrias passaram a adotar uma borracha sintética que poderia
ser produzida em ritmo mais acelerado. Essa inovação tecnológica acabou
retraindo significativamente a exploração da seringa na Floresta Amazônica. No
entanto, até os dias de hoje, a exploração da borracha integra a economia da
região norte do Brasil.
Fontes :
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Urbanização brasileira
O
processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do
processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para
o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana. Esse deslocamento,
também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo
agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da
população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de
urbanização dos países desenvolvidos.
Até
1950 o Brasil era um país de população, predominantemente, rural. As principais
atividades econômicas estavam associadas à exportação de produtos agrícolas,
dentre eles o café. A partir do início do processo industrial, em 1930, começou
a se criar no país condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da
industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade,
dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
Em
1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a partir de 1950
que o processo de urbanização se intensificou, pois com a industrialização
promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek houve a formação de um
mercado interno integrado que atraiu milhares de pessoas para o Sudeste do
país, região que possuía a infraestrutura e, consequentemente, a que
concentrava o maior número de indústrias.
Gráfico com taxa de urbanização (Foto:
IBGE)
A partir de 1970, mais da metade dos
brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja de emprego e de serviçosa, como saúde,
educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural aumentou
cerca de 12%, enquanto que a populaçãourbana passou de 13 milhões de habitantes
para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.
DESIGUALDADES
As
desigualdades econômicas e a dificuldade de determinadas regiões em se
inserirem na economia nacional, possibilitou a ocorrência de uma urbanização
diferenciada em cada uma das regiões brasileiras.
A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural.
A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população rural.
Na
região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a
construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior
parte deles vindos das regiões Norte e Nordeste. Desde o final da década de
1960 e início da década de 1970, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais
urbanizada do país.
Taxa de Urbanização das Regiões
Brasileiras (IBGE)
Região
|
1940
|
1950
|
1960
|
1970
|
1980
|
1991
|
2000
|
2007
|
2010
|
Brasil
|
31,24
|
36,16
|
44,67
|
55,92
|
67,59
|
75,59
|
81,23
|
83,48
|
84,36
|
Norte
|
27,75
|
31,49
|
37,38
|
45,13
|
51,65
|
59,05
|
69,83
|
76,43
|
73,53
|
Nordeste
|
23,42
|
26,4
|
33,89
|
41,81
|
50,46
|
60,65
|
69,04
|
71,76
|
73,13
|
Sudeste
|
39,42
|
47,55
|
57
|
72,68
|
82,81
|
88,02
|
90,52
|
92,03
|
92,95
|
Sul
|
27,73
|
29,5
|
37,1
|
44,27
|
62,41
|
74,12
|
80,94
|
82,9
|
84,93
|
Centro Oeste
|
21,52
|
24,38
|
34,22
|
48,04
|
67,79
|
81,28
|
86,73
|
86,81
|
88,8
|
A
urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas
características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da
policultura, pois um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando
para as áreas urbanas.
A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.
Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.
Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
Mapa com grau de urbanização. (Foto:
IBGE)
PROBLEMAS URBANOS
O rápido e desordenado processo de
urbanização ocorrido no Brasil irá trazer uma série de consequências, e em sua
maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política
econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes
problemas:
Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil.
Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de
Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil.
Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de
industrialização, que funcionou como
um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em
direção a área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural,
provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo
urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em
áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países
desenvolvidos.
Até 1950 o Brasil era um país de
população, predominantemente, rural. As principais atividades econômicas
estavam associadas à exportação de produtos agrícolas, dentre eles o café. A
partir do início do processo industrial, em 1930, começou a se criar no país
condições específicas para o aumento do êxodo rural. Além da industrialização,
também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores,
como a concentração fundiária e a mecanização do campo.
A Região
Sudeste é a principal do país, sua importância está em seu destaque
industrial e econômico. A população total é de 80,3 milhões de habitantes
e a densidade demográfica é de 87 habitantes por quilômetro
quadrado, se consolidando como a mais populosa e mais povoada do país - de
100 brasileiros, 42 residem na Região Sudeste. Seu território, com extensão
de 924.511,3 quilômetros quadrados, representa 11% do total do país.campo.Os fatores da industrialização no Sudeste
O desenvolvimento industrial na região ocorreu principalmente a partir do século XX, após o declínio do café. O café ocupou durante muito tempo lugar de destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia brasileira. Na região sudeste os estados produtores de café eram principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O declínio do café, no final da década de 1920, foi provocado pela crise de 29, por não oferecer grandes lucros uma grande parcela de fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na venda das fazendas investiram, entre outras, na indústria, as primeiras se limitavam ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.
O surgimento das indústrias na região sudeste está vinculado à produção cafeeira decorrente da:
• Grande quantidade de trabalhadores da produção do café foi atraída para trabalhar nas indústrias que iniciavam suas atividades.
O desenvolvimento industrial na região ocorreu principalmente a partir do século XX, após o declínio do café. O café ocupou durante muito tempo lugar de destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia brasileira. Na região sudeste os estados produtores de café eram principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O declínio do café, no final da década de 1920, foi provocado pela crise de 29, por não oferecer grandes lucros uma grande parcela de fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na venda das fazendas investiram, entre outras, na indústria, as primeiras se limitavam ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.
O surgimento das indústrias na região sudeste está vinculado à produção cafeeira decorrente da:
• Grande quantidade de trabalhadores da produção do café foi atraída para trabalhar nas indústrias que iniciavam suas atividades.
• Rede de transportes, uma
vez que as infra-estruturas eram usadas para escoar a produção de café das
fazendas para os portos, com a introdução das indústrias esses mesmos trajetos
serviam para transportar matéria prima e mercadorias.
• Do
grande número de mão-de-obra imigrante presente no Brasil, esses já tinham
experiências industriais, pois a maioria era de origem européia e nesse período
a Europa já havia passado pelo processo de industrialização.
A indústria e os recursos naturais
Os minérios e as energias favoreceram a expansão das indústrias, tendo em vista que esse dois são importantes e fundamentais elementos dentro do processo de industrialização, nesse quesito a região era bem servida, proporcionando a instalação de fábricas nas suas mediações.
No final das décadas de 40 e 50 houve a criação das indústrias de base no Brasil, mais precisamente na região sudeste, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Vale do Rio Doce e a Petrobras. Todas as mudanças para implementar a indústria promoveram a expansão de diversos seguimentos industriais.
A indústria e os recursos naturais
Os minérios e as energias favoreceram a expansão das indústrias, tendo em vista que esse dois são importantes e fundamentais elementos dentro do processo de industrialização, nesse quesito a região era bem servida, proporcionando a instalação de fábricas nas suas mediações.
No final das décadas de 40 e 50 houve a criação das indústrias de base no Brasil, mais precisamente na região sudeste, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Vale do Rio Doce e a Petrobras. Todas as mudanças para implementar a indústria promoveram a expansão de diversos seguimentos industriais.
Em Minas
Gerais as principais jazidas eram de extração de ferro, manganês, bauxita e
ouro, o local ficou conhecido de quadrilátero ferrífero. Nesse mesmo momento
ocorreu a construção de várias usinas hidrelétricas, fato importante, pois
havia uma crescente demanda de energia para abastecer ou suprir as necessidades
desse setor produtivo, além das residências e comércio.
Transportes e a integração da Região Sudeste
Transportes e a integração da Região Sudeste
O
desenvolvimento do transporte favoreceu o desenvolvimento industrial e
econômico de toda a região e também do Brasil. Alienado ao crescimento das
indústrias e à evolução dos transportes ocorreu, simultaneamente, o aumento
populacional gerando um maior fluxo de mercadorias e de matéria prima.
A expansão comercial contribuiu para uma integração entre os estados que integram a região. Uma das principais e mais importantes etapas do processo industrial e econômico foi a implantação das empresas fabricantes de veículos automotores, na década de 50, que impulsionou a construção de rodovias, a criação delas contribuiu para uma maior integração entre os entes da região e também com outros estados e que mais ainda favoreceu o processo de povoamento. Em pouco tempo as rodovias superaram as ferrovias, tanto é que as ferrovias atuais continuam com a mesma extensão do período da produção de café, cerca de 12,4 mil km.
A distribuição da indústria no Sudeste
A distribuição das indústrias na Região Sudeste possui uma hierarquia, em que alguns estados são mais desenvolvidos industrialmente com base na concentração do número de indústrias presentes. Desse modo fica ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar a Grande São Paulo, em segundo Rio de Janeiro e terceiro Belo Horizonte, sendo que a primeira e a segunda são as principais megalópoles do país.
A expansão comercial contribuiu para uma integração entre os estados que integram a região. Uma das principais e mais importantes etapas do processo industrial e econômico foi a implantação das empresas fabricantes de veículos automotores, na década de 50, que impulsionou a construção de rodovias, a criação delas contribuiu para uma maior integração entre os entes da região e também com outros estados e que mais ainda favoreceu o processo de povoamento. Em pouco tempo as rodovias superaram as ferrovias, tanto é que as ferrovias atuais continuam com a mesma extensão do período da produção de café, cerca de 12,4 mil km.
A distribuição da indústria no Sudeste
A distribuição das indústrias na Região Sudeste possui uma hierarquia, em que alguns estados são mais desenvolvidos industrialmente com base na concentração do número de indústrias presentes. Desse modo fica ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar a Grande São Paulo, em segundo Rio de Janeiro e terceiro Belo Horizonte, sendo que a primeira e a segunda são as principais megalópoles do país.
Fontes: http://m.brasilescola.com/brasil/industrializacao-regiao-sudeste.htm
http://educacao.globo.com/geografia/assunto/urbanizacao/urbanizacao-brasileira.html
domingo, 13 de setembro de 2015
Surto Industrial no Brasil
Durante o governo imperial, o Brasil ainda tinha grande parte de sua economia sustentada pela exportação de gêneros agrícolas. Chegando ao Segundo Reinado, vemos que essa mesma situação se mantinha na medida em que as lavouras de café se desenvolviam com a grande demanda do mercado externo. Sendo assim, conservávamos nossa feição econômica sem grandes alterações e continuávamos a consumir produtos industrializados vindos principalmente da Inglaterra.
Essa situação veio a se modificar no ano de 1844, quando a
implantação da Tarifa Alves Branco modificou a política alfandegária nacional.
Interessado em ampliar a arrecadação dos cofres públicos, o governo imperial
dobrou o imposto cobrado sobre vários produtos vindos de fora. Com o passar do
tempo, a Tarifa Alves Branco permitiu que a incipiente indústria brasileira
pudesse fabricar produtos que tinham preços mais competitivos que os
importados.
Além desse fator, devemos também compreender que esse surto industrial
vivenciado na metade do século XIX também foi estimulado pela proibição do
tráfico negreiro. Em primeiro plano, essa outra ação incentivou a entrada de
imigrantes estrangeiros que poderiam atender a demanda dos trabalhadores
assalariados que apareciam nas grandes cidades. Ao mesmo tempo, antigos
traficantes passaram a reinvestir seus capitais em outras atividades, como a
indústria.
Apesar do crescimento, devemos frisar que o governo imperial
não dispunha de políticas essencialmente voltadas para a dinamização da
economia. Não por acaso, percebemos que no ano de 1860, a redução da taxa
alfandegária tratou de desacelerar o tímido crescimento industrial vivido
naquele tempo. Sendo assim, temos a confirmação de que as elites políticas da
época estavam longe de defender a transformação das antigas bases de
sustentação econômica.
Nos últimos anos do governo de Dom Pedro II, vemos que a
indústria brasileira começou a apresentar alguns traços de novo crescimento.
Assim como da primeira vez, a riqueza do café exportado gerou capitais que eram
investidos na construção de novas fábricas. Enfatizamos que a produção
industrial brasileira nessa época se destacou essencialmente pela abertura de
fábricas que se envolviam com a produção de alimentos, tecidos e alguns
produtos químicos.
O SETOR INDUSTRIAL DO NORDESTE
A região
Nordeste tem atraído elevados investimentos para seu setor econômico. Além disso,
a atividade industrial da região está em ascensão, isso acontece em decorrência
de melhorias ocorridas nas indústrias nativas e da chegada de inúmeras empresas
oriundas de outras partes do Brasil, especialmente do Sudeste. Dentre as
principais indústrias, estão as do ramo alimentício, calçadista e vestuário.
A
migração de empresas para a região se deve principalmente pelo fato do Nordeste
possuir abundante mão-de-obra e de baixo custo, sem contar que muitos Estados
oferecem incentivos fiscais para as empresas interessadas. Além disso, muitas
empresas aproveitam o fator da proximidade com as fontes de matéria-prima, como
cana-de-açúcar, algodão, frutas, cacau e tabaco, isso para fabricação dos
respectivos produtos: açúcar e álcool, têxtil, sucos, chocolates e charutos.
A região
Nordeste se destaca também na extração mineral, especialmente na produção de
sal, responde por aproximadamente 80% da produção do país, o Estado do Rio
Grande do Norte é o maior produtor. No seguimento industrial nordestino há uma
hierarquia entre os principais produtores, sendo que o Estado da Bahia é o
primeiro, respondendo nacionalmente por 4%, seguido pelo Ceará com 1,2% e
depois Pernambuco com 1,1%. O restante dos Estados que compõem a região,
juntos, não obtêm nem mesmo 1% do total nacional.
O parque
industrial baiano atua principalmente na produção de produtos químicos,
alimentos, bebidas, metalurgia, automóveis, combustíveis. Já no Estado do
Ceará, destaca-se a produção industrial de máquinas, materiais elétricos,
tecidos, calçados e bolsas, alimentos e álcool. A indústria pernambucana se
desponta na produção de alimentos, metalurgia, produtos químicos, produção de
álcool e refino de petróleo. As principais áreas industriais do Nordeste se
concentram em Recife, Salvador e Fortaleza.
Apesar
do incremento na produção industrial da região, a mesma necessita melhorar
muito, pois a indústria ainda não se encontra diversificada. A distribuição das
indústrias ao longo dos Estados da região se restringe a algumas áreas, fazendo
com que cidades adentradas no interior permaneçam excluídas do desenvolvimento.
Fontes:
http://www.brasilescola.com/brasil/o-setor-industrial-nordeste.htm
http://www.resumoescolar.com.br/geografia/industrializacao-no-brasil-regioes-centro-sul-nordeste-norte-e-centro-oeste/
A Zona Franca de Manaus
A mais
bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de
sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e
Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá) desenvolvimento econômico
aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas
populações.
A ZFM
compreende três pólos econômicos: comercial, industrial e agropecuário. O
primeiro teve maior ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil
adotava o regime de economia fechada.
O industrial é considerado a base de
sustentação da ZFM. O pólo Industrial de Manaus possui aproximadamente 600
indústrias de alta tecnologia gerando mais de meio milhão de empregos, diretos
e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e
químico. Entre os produtos fabricados destacam-se: aparelhos celulares e de áudio
e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre
outros. O pólo Agropecuário abriga projetos voltados à atividades de produção
de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira,
entre outras.
Industrialização Baiana
Vista
aérea do complexo automotivo da Ford em Camaçari
A
industrialização na Bahia iniciou-se efetivamente em 1841 com a instalação de
fábricas de tecidos grosseiros de algodão que chegaram ao número de sete
fábricas passados 32 anos. Os ingleses se tornaram peças importantes e até
fundamentais neste processo já que monopolizavam a experiência e o conhecimento
em relação às máquinas utilizadas. Na Bahia da mão-de-obra escrava foram os
estrangeiros os donos ou técnicos das indústrias nascentes, sobrando para os
brasileiros apenas o trabalho "pesado".
Foram se
estabelecendo lentamente na Bahia no século XIX, mais especialmente na Segunda
metade do século indústrias, estradas de ferro, companhias de navegação,
seguros e outros. Em setembro de 1887 foi fundada uma fábrica de chapéus com
cerca de 250 operários. Em 1865 foi fundada uma farmácia e drogaria. Em 22 de
fevereiro de 877 iniciou-se a industrialização do sal na Bahia.
Em 1879
a construção da Estrada de Ferro Bahia e Minas começou a permitir melhor
escoamento da pequena produção das indústrias nascentes no estado. Em 1899
existiam 1248 quilômetros em tráfego, 30 anos depois eram 2669 - Bahia ao São
Francisco; Central; santo Amaro; Nazaré; Bahia-Minas; Centro-Oeste e
Ilhéus-Conquista. Havia também a preocupação com a construção de estradas de
rodagem iniciadas no começo do século X. Houve também a ampliação do transporte
por via marítima que alcançava cidades do Recôncavo como Nazaré São Félix e
Itaparica, portos do litoral atlântico e Alagoas e Sergipe. Em relação ao
transporte urbano, em 1897 trafegou o primeiro bonde elétrico pelas ruas de
Salvador. Os dois planos inclinados junto com o Elevador Lacerda, inaugurado em
08 de dezembro de 1872 já ligavam a cidade baixa e a alta diminuindo o percurso
e o tempo de deslocamento. Logo outros serviços começaram a ser desenvolvidos
no estado e em 2 de maio de 1884 instalou-se o serviço de telefone em Salvador.
Segundo
Garcez (1975), a Bahia viveu um período de relativa prosperidade do fim do
século XVIII até o primeiro quartel do século XIX, graças ao estímulo trazido
pelas guerras de independência das colônias inglesas na América que deixavam
livre o mercado com a Europa. Também a revolução industrial permitia melhorias
na exportação de algodão e as guerras napoleônicas que desarticularam a
produção das colônias francesas e inglesas, aumentavam a demanda externa de
produtos brasileiros tradicionais na exportação. Em 1900 e 1901 o açúcar
europeu de beterraba já representava 68% da safra mundial.
No
entanto, a partir das lutas pela independência, o Brasil começa a sofrer
restrições do mercado internacional o que reduziu muito as exportações de
açúcar, algodão e fumo. Já no fim do século XIX, a febre da industrialização
sem planejamento, mergulhou o país inteiro em uma das maiores crises da
história que promoveu numerosas falências. A própria libertação dos escravos em
1888 provocou grande declínio na economia baiana, ainda baseada no trabalho
escravo e no tráfico.
A Bahia
viveu então um período de estagnação na indústria e no comércio, principalmente
em função da crise da sua principal riqueza, o açúcar. Esse fator ocasionou
queda dos preços e afetou a balança comercial baiana. A exportação do fumo,
ligada ao tráfico, foi afetada pelo fim oficial da escravidão no Brasil e pela
concorrência da América do Norte que reatou as ligações comerciais com a
Europa.
O cacau
e o café surgiram então como alternativas que poderiam substituir o açúcar o
algodão e o fumo na economia exportadora baiana. Diferente dos estados do
sudeste, os solos e o clima da Bahia não favoreceram a produção do café. No
entanto, o cacau encontrou no sul da Bahia solo e clima adequados para o seu
desenvolvimento e produção, demonstrando ser um eficiente substituto do açúcar.
Segundo
Garcez (1979), o cacau foi introduzido na região em meados do século XVIII,
importado do Pará. De 1890 a 1930 o cacau se fixa como importante produto de
exportação e monta-se toda uma estrutura de produção e comercialização do cacau
e seus derivados. A partir de 1926 além do Porto de Salvador, o Porto de Ilhéus
passou a exportar o cacau baiano.
A crise
da economia mundial de 1929 afetou a exportação de todos os produtos voltados
ao mercado externo, inclusive o cacau. Outros problemas, como pragas, aliados à
crise promoveram a criação do Instituto do Cacau em 8 de junho de 1931.
No
século XIX e XX alguns produtos andaram lado a lado com o cacau na exportação
como cana, mandioca, feijão, milho, fumo e diversas frutas e verduras. Merece
destaque a cultura do algodão, mamona e sisal já que é a Bahia um dos maiores
produtores regionais. A pecuária ainda é uma das mais importantes atividades
econômicas do sertão baiano e em parte do Recôncavo. A Bahia é um dos
principais estados produtores de leite do Nordeste do Brasil.
Segundo
CEPLAB (1978), na última década do século XIX, a economia baiana registrou um
surto de empreendimentos industriais que marcou o nascimento da indústria
fabril no Estado, independente da economia açucareira.
No
entanto, as décadas seguintes apresentaram, sob todos os aspectos, sintomas de
estagnação econômica. Até os anos 50 do século XX a economia estadual não
permitia a evolução em direção à industrialização.
A grande
mudança se deu a partir de 1949 com a implantação da PETROBRÁS que iniciou a
exploração dos campos de petróleo do Recôncavo e a instalação da Refinaria
Landulfo Alves (Mataripe). Posteriormente a criação da SUDENE e incentivos
fiscais promoveram fortalecimento da industrialização de toda a região
Nordeste. Tudo isso junto provocou grandes repercussões na economia baiana e
importantes melhorias como a mudança na estrutura do parque industrial, na
composição do valor de transformação industrial, na formação da renda interna
total e industrial e no próprio espaço econômico.
O CIA
(Centro Industrial de Aratu) e distritos industriais como e de Subaé, Ilhéus,
Jequié entre outros iniciaram a industrialização do Recôncavo e de parte do
interior do estado. A implantação da indústria petroquímica na Bahia,
concentrada na Região Metropolitana de Salvador, supriu as necessidade4s de
material da indústria química baiana em franco desenvolvimento. A chamada
indústria de transformação é ainda de grande importância para a economia baiana
e seu desempenho esteve em 1998 superiores ao da indústria de transformação
nacional.
Segundo
Análise & Dados, até o início dos anos 60, o comércio baiano concentrou-se
na exportação. Foram produtos como açúcar, algodão, farinha e por último o
cacau que reinaram na produção do estado, nada preocupado com o mercado
interno. Com a industrialização o comércio tornou-se mais dinâmico. No entanto,
um estado de apatia permanece instalado na economia baiana e o número de
vendas, exportações e empregos nunca voltou a ser como nos períodos de ouro da
exportação.
A partir
de 1967 o turismo na Bahia ainda pouco representativo, passou a ser explorado
de forma planejada. Foram criados órgãos especializados em turismo como a
BAHIATURSA, a CONBAHIA e a EMTUR, e projetos de valorização dos recursos
naturais e do Patrimônio Histórico passaram a ser implantados lentamente. Hoje
a indústria do turismo é uma das maiores geradoras de divisas do estado,
focalizando cidades litorâneas como Salvador, Ilhéus e Porto Seguro entre
outras.
Por fim,
nos anos 90, grandes transformações na economia brasileira promoveram
oscilações na economia do estado da Bahia que se mantém hoje dividida entre
turismo, as indústrias de transformação e automobilísticas.
Fontes:
http://alfredorosendo.blogspot.com.br/2008/11/industria-na-bahia.html
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